Orfeão de Abrantes |
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7. Mirandum se fui a la guerra 20. Saias da Feira de S. Mateus 21. As meninas da Ribeira do Sado 25. Quem nos quiser dar os Reis 27. Rapsódia de Marchas Populares
1. Contradança
2. CharambaIlha Terceira – Açores
Voz Feminina Esta é a vez primeira, a vez primeira Que neste auditório canto Em nome de Deus começo, de Deus começo Padre, Filho, Esp’rito Santo
Voz Masculina A ausência tem uma filha, ai tem uma filha Que se chama saudade Eu sustento mãe e filha, ai mãe e filha Bem contra a minha vontade
Refrão Boa noite, meus senhores. Minhas senhoras, lindas flores Que aqui estais neste salão Que aqui estais neste salão Eu p’ra todos vou cantar E a todos quero saudar Do fundo do coração Do fundo do coração
Voz Feminina Eu vesti um vestido novo, vestido novo Para vir aqui cantar A charamba está no baile, ai está no baile E o meu bem é o meu par
Voz Masculina Em te vendo, vejo a Deus, ai vejo a Deus Não sei se peço, se não Trago a Deus dentro do peito, ai no meu peito E aqui no meu coração
REFRÃO Boa noite meus senhores...
3. MartelosDesgarrada – Mação
Melodia Mulheres Venho da borda do rio hó ai De regar o meu nabal Inda trago uma florinha hó ai Na barra do avental
Homens Na barra do avental hó ai Na bainha do vestido Hó prima eu vou p’ra guerra hó ai Deixa-me ir durmir contigo
Homens Deixa-me ir durmir contigo hó ai Uma noite não é nada Eu entro pelo escuro hó ai E saio de madrugada
Mulheres Tú não entras p’lo escuro hó ai Nem sais de madrugada Eu sou rapariga nova hó ai Não quero ser disfamada
Melodia Homens E debaixo das tuas saias hó ai Tenho eu muito que fazer Uma bomba a tirar água hó ai Dois martelos a bater
4. CartaxinhoPopular
Levantei-me um dia cedo Para ouvir o cartaxinho Levava palha no bico Ó meu lindo amor Já ia a fazer o ninho
Já ia fazer o ninho No cimo do arvoredo Para ouvir o cartaxinho Ò meu lindo amor Levantei-me um dia cedo
Param parari ripam pam Param parari ripam pam Param parari ripam, parari ripam Parari riri ripam pam
Levantei-me um dia cedo E fui passear ao campo Para ver o teu retrato Ó meu lindo amor Nas folhas do lírio branco
Nas folhas do lírio branco No cimo do arvoredo Para ver o teu retrato Ó meu lindo amor Levantei-me um dia cedo
Param parari ripam pam ... Param parari ripam pam ... Param parari ripam pam ...
5. MaçadeirasCanção de trabalho, Póvoa de Lanhoso, Beira baixa
Homens Este linho é mourisco A fita dele namora
Todos Quem aqui não tem amores Tira o chapéu vai s’embora Ai la li la ai la le la ai la le la lo meu bem Regala-t’ó meu amor Regala-te e passa bem
Homens O minha mãe do trabalho Para quem trabalho eu
Todos Trabalho mato o meu corpo Não tenho nada de meu Ai la li la ai la le la ai la le la lo meu bem Regala-t’ó meu amor Regala-te e passa bem
Todos Maçadeiras lá de baixo Maçai o meu linho bem Não olheis par’ó portelo Que a merenda logo vem Ai la li la ai la le la ai la le la lo meu bem Regala-t’ó meu amor Regala-te e passa bem
6. Saias de Santa Eulália
Mulheres Ai Santa Eulália Santa Eulália - bis Ai Santa Eulália Barbacena - bis Onde toda a mulher dança as saias -bis Ai da maior á mais pequena Ai Santa Eulália Barbacena
Homens Ai adeus Mouriscas adeus – bis Ai vou dar-te a despedida – bis Ai será por um mês ou dois – bis Ai ou será por toda a vida Ai vou dar-te a despedida
Mulheres Ai eu parto pr’a Santa Eulália - bis Ai vou pr’a a ceifa do trigo – bis Ai vou trabalhar e esquecer – bis Ai as penas que trago comigo Ai vou para a ceifa do trigo
Homens Ai cantigas levas o vento - bis Ai aquelas que leves são - bis Só não há vento que leve uma - bis Ai que trago no coração Ai aquelas que leves são
Mulheres Ai o sol anda atrás da lua - bis Ai a lua atrás do luar - bis Ai a minh’ alma atrás da tua - bis Ai sem a poder alcançar Ai a lua atrás do luar
Todos Ai santa Eulália Santa Eulália - bis Ai vou deixar o Alentejo - bis Ai levo comigo saudades -bis Pr’a Mouriscas do Ribatejo Ai vou deixar o Alentejo
7. Mirandum se fui a la guerraRomance da guerra de MIRANDUM (1762)
Mirandum se fui a lá guerra – bis Mirandum, Mirandum, Mirandela Num sei quando benerá Se benerá por lá Pasqua - bis Mirandum, Mirandum, Mirandela Ou se por la Trênidade
Meludia La Trênidade se passa - bis Mirandum, Mirandum, Mirandela Mirandum num bene iá Chubira-se a hüa torre - bis Mirandum, Mirandum, Mirandela Para ber se lo abistaba
Meludia Bira lá benir um passe - bis Mirandum, Mirandum, Mirandela Que nobidades trairá Las nobidades que tráio - bis Mirandum, Mirandum, Mirandela Bos ande fazer chorar
Meludia Tirae las colores de gala - bis Mirandum, Mirandum, Mirandela ponei vestidos de luto que mirandum iá ié muôrto - bis Mirandum, Mirandum, Mirandela You bien lo bi anterrar
Antre quatro ouficiales - bis Mirandum, Mirandum, Mirandela Que lo iban a lhebar
8. TareioSão Pedro do Sul
Tareio lindo tareio - bis Tareio do coração - bis A senhora da saúde - bis No alto dos castelões - bis
Quando eu morrer tareio - bis Levo-te no meu caixão -bis Onde ela estava bem via - bis No mar das embarcações - bis
Manhouce povo antigo - bis Fica entre Porto e Viseu - bis A senhora da saúde - bis Tem um filho serrador - bis
Tem duas pontes romanas - bis Que lhe servem de museu - bis Para serrar a madeira - bis Para o altar do senhor - bis
Quando eu era rapaz novo - bis Até nem queria mais nada - bis A senhora da saúde - bis Tem vinte e quatro janelas - bis
Era dançar o tareio - bis Mai’la minha namorada - bis Quem me dera ser o sol - bis Que eu entrava numa delas - bis
9. Canário
Armei um laço na Serra Para apanhar um canário Que é pássaro que custa caro - bis P’lo lindo cantar que tem –bis
Dei-o de presente ao Rei P’la Condessa da Ribeira Que lhe fez uma gaiola - bis Da mais bonita madeira –bis
Depois da gaiola feita Meteu-lhe o canário dentro Quer de noite, quer de dia - bis Era o seu divertimento – bis
Ao cabo de quinze dias N’uma manhã de nevão O canário adoeceu -bis Com grande constipação – bis
Formou-se logo uma junta De mais d’um cirurgião Cada um com três lancetas - bis Fizeram-lh’a operação – bis
À primeira lancetada O canário esmoreceu À segunda lancetada - bis Bateu as asas – morreu – bis
Chamaram o sacristão P’ra lhe tocar os sinais Avisou-se a passarada - bis Canários e outros mais – bis
Com grande pompa se fez O enterro e funerais Levando o acompanhamento - bis D’uns trinta e cinco pardais - bis
Também ia um pintassilgo Vestido com todo o luxo Veio o gato da vizinha - bis E meteu tudo no buxo - bis
Repetir a última quadra 3 vezes
10. MariãoTrás-os-montes
Adeus ó Vale de Gouvinhas Marião – voz a solo Não és Vila nem cidade Marião Sim Sim Marião, Não Não Marião
És um povo pequenino Marião - voz a solo Feito à minha vontade Marião Sim Sim Marião, Não Não Marião
Melodia Hei-de cercar Vale de Gavinhas Marião - voz a solo Com trinta metros de fita Marião Sim Sim Marião, Não Não Marião - vozes Femininas
Á porta do meu amor Marião - voz a solo Hei-de pôr a mais bonita Marião Sim Sim Marião, Não Não Marião - vozes Femininas
Os meus olhos não são olhos Marião - voz a solo Sem estarem os teus defronte Marião Sim Sim Marião, Não Não Marião - vozes Femininas
Parecem dois rios d’água Marião - voz a solo Quando vão de Monte a Monte Marião Sim Sim Marião, Não Não Marião - vozes Femininas
Melodia Já corri os mares em volta Marião -Todos C’uma vela branca acesa Marião Sim Sim Marião, Não Não Marião
Em todo o mar achei água Marião -Todos Só em ti pouca firmeza Marião Sim Sim Marião, Não Não Marião
Adeus ao vale de Gouvinhas Marião – solo, à capela
11. Baile de São VicenteAurora e Fado do Sete e pico
Melodia No largo de S. Vicente Há lá muita gente E a Aurora não está Aurora teve um menino - bis Tão pequenino De quem será
É do Chico d’Amieira Quem vem da Figueira E vai pr’o Pará Não chores Aurora não chores -bis Que o pai do menino Um dia voltará Melodia
Sete e pico
No baile da D. Ester Feito a semana passada Foram dar com o chouffer A dançar com a criada Dizia-lhe ela baixinho Na prise és bestial Refrão - Bis Eram pr’ai sete e pico Oito e coisa nove e tal
A D. Inês sequiosa Não resistiu ao Whisky E pr’a se tornar famosa Quis ir dançar o Twist Ao dar um jeito partiu-se A coluna vertebral
Refrão O D. José de Vicente Que é de S.Pedro da Cova P’ra mostrar que ainda é valente Foi dançar a boça nova Escorregou no soalho Caiu foi p’ró Hospital
Refrão Quando o serviço abundante No Baile se iniciou O D. Grilo num instante A alface devorou Diz-lhe a Locas ao ouvido Pareces um animal
Refrão Faltou a luz e gerou-se A confusão natural E a Locas encontrou-se Nos braços do Amaral Logo esta grita aflita Acendam o castiçal
Refrão
12. Valsa Antiga
13. Rapsódia
MILHO VERDE Milho Verde , milho verde Milho verde, maçaroca À sombra do milho verde namorei uma cachopa Milho Verde , milho verde Milho verde, folha larga À sombra do milho verde namorei uma casada
(E agora já não o sou) Eu já fui o teu amor E agora já não o sou Se ainda te bat’os olhos Foi jeito que me ficou (Foi jeito que me ficou, O ai, o larilolela !!…)
(flauta e acordeon) (Quem as deitara a um poço) As velhas são uma navalha Quem as deitara a um poço As moças novas são jóias Para trazer ao pescoço (Para trazer ao pescoço, O ai, o larilolela !!…) Ó Laurindinha, vem à janela Ver o teu amor, ai, ai,ai, Que ele vai p’rá guerra Ver o teu amor, ai, ai,ai, Que ele vai p’rá guerra Que ele vai p’rá guerra, deixá-lo ir Ele é rapaz novo, ai, ai, ai, Ele torna a vir Ele é rapaz novo, ai, ai, ai, Ele torna a vir
Tenho um amor em Viana, Oh ai, Tenho outro em Ponte de Lima, oh ai, Tenho outro em Ponte de Lima. Tenho outro em Barcelos, oh ai Tenho outro mais em cima, oh ai Tenho outro mais acima.
(flauta e acordeon) Oi ó ai, o meu amor é padeiro Oi ó ai, tem a casa enfarinhada Oi ó ai, os beijos sabem a pão os beijos sabem a pão não quero comer mais nada
(acelera o ritmo para acabar…)
14. Tinta Verde
Tinta verde dos teus olhos Escreve torto no meu peito Amores tenho eu aos molhos Se p’ró teu me faltar jeito
Amores tenho eu aos molhos Se p’ró teu me faltar jeito Tinta verde dos teus olhos Escreve torto no meu peito
No meu peito escreve torto Na minha alma a dar a dar Nunca mais eu chego ao Porto Se lá for por este andar
Nunca mais eu chego ao Porto Se lá for por este andar No meu peito escreve torto Na minha alma a dar a dar
Melodia
Nunca mais eu chego ao Porto Ao Porto de Matosinhos Adeus verde dos teus olhos Estão cá outros mais escurinhos
Adeus verde dos teus olhos Estão cá outros mais escurinhos Nunca mais eu chego ao Porto Ao Porto de Matosinhos Repete tudo Para acabar Nunca mais eu chego ao Porto Ao Porto de Matosinhos [bis]
15. Dançando, Pulirando
Quando eu vejo uma velhinha Com as saias a arrojar Lembra-me a minha avozinha Com seu modesto trajar
Refrão Dançando pulirando Brincando mais ele Dançando pulirando Brincando mais ela Dançando pulirando Brincando mais ele És uma rosa amarela
Anda daí vem dançar Em cima deste ladrilho Anda agora muito em moda Colher a flor ao junquilho
Refrão Dançando pulirando Brincando mais ele Dançando pulirando Brincando mais ela Dançando pulirando Brincando mais ele És uma rosa amarela
Melodia
acaba à capella: És uma rosa amarela
16. Ao romper da bela aurora
Melodia Gosto de quem canta bem Que é uma prenda bonita Gosto de quem canta bem Que é uma prenda bonita
Não empobrece ninguém Assim como não enrica Não empobrece ninguém Assim como não enrica
Melodia Ao romper da bela aurora Sai o pastor da choupana Vem cantando em altas vozes Muito padece quem ama
Muito padece quem ama Mais padece quem namora Sai o pastor da choupana Ao romper da bela aurora
Fim à II volta
17. Pezinho da Vila
Refrão Ponha aqui o seu pezinho Devagar devagarinho Se vai à ribeira grande Eu tenho um carta escrita Para ti cara bonita Não tenho por quem a mande
Eu nasci à sexta-feira Com barbas e cabeleira Mais parecia um anti-cristo Que até o senhor padre cura Que é homem de sabidura Nunca tal houvera disto
Eu fui de Lisboa a Sintra A casa da ti Jacinta P’ra me fazer uns calções Mas a pobre criatura Esqueceu-se da abertura Para as minhas precisões
Refrão
Eu fui à beira da rocha Sapato e uma galocha Ver se o mar estava manso Encontrei uma garoupa Toda enrolada em roupa A dormir o seu descanso
Eu fui até Vila Franca Escanchado numa tranca À morte de uma galinha O que ela tinha no papo Sete cães e um macaco E um soldado da marinha
Refrão
Fui-me casar às capelas Por ser manco das canelas C’uma mulher sem nariz Esta gente das fajãs Já me deram parabéns P’lo casamento que eu fiz
Toda a moça que é bonita Que ela chora ou ela grita Nunca houvera de nascer É como a maçã madura Na quinta do padre cura Todos a querem comer
Refrão
A princesa dos Açores Que é linda como os amores Mandou fazer uns calções A pobre da criatura Esqueceu-se da abertura Para as suas precisões
Minha sogra é uma raia Mora na lomba da maia Mesmo em frente ó mê jardim A todos chama canalha Antes a língua lhe caia Do que ela me chame a mim
Refrão
18. O anel que tu me deste
Acordeon (refrão) O anel que tu me deste No domingo da trindade Era-me largo no dedo Apertado na amizade
Refrão Casa-te ó prima Tira a certidão Ó rica prima Do meu coração [bis]
O anel que tu me deste Era de vidro e quebrou Tanto dura a tua vida Como o anel me durou Fim à II volta Refrão Melodia (flauta) Acordeão (refrão)
19. Vira de Coimbra
Fui encher a bilha e trago-a [bis] Vazia como a levei [bis] Mondego que é da tua água [bis] Que é das preces que eu chorei [bis]
Acordeão Dizem que amor de estudante [bis] Não dura mais que uma hora [bis] Só o meu é tão velhinho [bis] Ainda não se foi embora [bis]
Acordeão O estudante de Coimbra [bis] Mora por baixo da ponte [bis] Por causa das raparigas [bis] Muito sapato se rompe [bis]
Acordeão Fiz uma cova na areia [bis] Para enterrar minha mágoa [bis] Entrou por ela o mar todo [bis] Não encheu a cova de água [bis] Acordeão Flauta Melodia
Coimbra p’ra ser Coimbra [bis] Três coisas há-de contar [bis] Poetas trincanas lindas [bis] Capas negras a adejar [bis] (pum, pum)
20. Saias da Feira de S. Mateus
Melodia Mulheres Onde vais de camisinha à feira de S. Mateus. As meias são emprestadas, os sapatos não são teus. (todos, com versos cruzados) Melodia Homens A perdiz canta na balsa, o rouxinol no alandro. Diante de mim és falsa, fará em eu abalando. (todos, com versos cruzados) Melodia Mulheres Usas camisinha branca, já roubaste a cor á prata. Amor tens tudo a meu gosto, até o pôr da gravata. (todos, com versos cruzados) Melodia Homens Usas camisinha azul, já roubaste a cor ao céu. Amor tens tudo a meu gosto, até no pôr do chapéu. (todos, com versos cruzados) Melodia Mulheres Eu não sei da minha vida, da minha vida não sei. Sei o que tenho passado, não sei o que passarei. (todos, com versos cruzados) Melodia Mulheres Já chove já quer chover, já correm os regatinhos. Já os campos são alegres, já cantan’os passarinhos. (todos, com versos cruzados) Melodia
21. As meninas da Ribeira do SadoCoro alentejano
N’á ninguém que balhe más bem C’as meninas da r’bera do Sado
Estrala a bomba e o foguete vai no ar Arrebenta e fica tod’quémado N’á ninguém que balhe más bem C’as meninas da r’bera do Sado
As meninas da r’bera do Sado Lavram na terra c’as unhas dos pés As meninas da r’bera do Sado são com’às ovelhas Têm carrapat’s atrás das orelhas
Era um daqueles dias bem chalados Em que o sol batia forte nas cabeças As meninas viram q’eu tav’apanhado E d’seram – nunca mais cá apareças
Mas voltei e entretive-m’a bailar com três Queriam qu’eu fosse atrás no convés Mas na fui e mandei-as irem dar banho ò mê canário Que bateu as botas com dores num ovário
Estrala a bomba e o foguete vai no ar Arrebenta e fica tod’quémado N’á ninguém que balhe más bem C’as meninas da r’bera do Sado
As meninas da r’bera do Sado Lavram na terra c’as unhas dos pés As meninas da r’bera do Sado são com’às ovelhas Têm carrapat’s atrás das orelhas
2ª volta Têm carrapatos, têm carrapatos… (pum)
Têm carrapat’s atrás das orelhas.
22. San Macaio
Melodia San Macaio San Macaio deu a costa. Ai deu á costa Nos braços da urzelina [bis]
Toda a gente Toda a gente se salvou Ai se salvou Só morreu uma menina
San Macaio San Macaio deu á costa Ai deu á costa Lá na ponta dos mosteiros
Toda a gente Toda a gente se salvou Ai se salvou Só morreu dois passageiros
San Macaio San Macaio deu á costa Ai deu à costa Nas pedras da fajãnzinha
Toda a gente Toda a gente se salvou Ai se salvou Só morreu uma galinha
San Macaio San Macaio deu á costa Ai deu á costa Nos baixos do maranhão
Toda a gente Toda a gente se salvou Ai se salvou Só o San Macaio não acaba com a melodia
23. Altas casas
Altas casas nobre gente Cantareis e ouvireis À porta destes senhores - BIS Estão chegados os três reis “
Estão chegados os três reis Para abençoar Jesus Para ver o Deus Menino - BIS Que Maria deu à luz “ Melodia Era meia-noite em ponto Julgavam que era de dia E’tava uma noite tão bela - BIS Todo o mundo amanhecia “
Quem diremos nós que viva Na casquinha do pinheiro Viva o dono desta casa - BIS Nesta terra é cavalheiro “ Melodia A esmola que vós me deres Levo-a eu no meu chapéu Seja a primeira lembrança - BIS Que vós encontrais no Céu “
Vamos dar a despedida Despedida bela luz Os senhores desta casa - BIS Amanhecem com Jesus. “ Melodia
24. Uma estrela se foi pôr
Uma estrela se foi por Solo 1 Em cima de uma cabana “ A Cabana era pequena “ Não cabiam todos três “
E abram-se lá essas portas Solo 2 Ainda não estão bem abertas Todos Que nasceu o Deus Menino “ Vou-lhe dar as boas festas “
Boas festas meus senhores Solo 2 Boas festas lhes vou dar Todos Que nasceu o Deus menino “ Alta noite de natal “
E alta noite de natal Solo 2 Noite de santa alegria Todos Que nasceu o deus menino “ Filho da virgem Maria “
Senhora dona de casa Solo 1 Deixe-se estar que está bem “ Mande-nos dar as esmolas “ Por’essa rosa que aí tem “
E abram-se lá essas portas Solo 2 Ainda não estão bem abertas Todos Que nasceu o Deus Menino “ Vou-lhe dar as boas festas “
Boas festas meus senhores Solo 2 Boas festas lhes vou dar Todos Que nasceu o Deus menino “ Alta noite de natal “
E alta noite de natal Solo 2 Noite de santa alegria Todos Que nasceu o deus menino “ Filho da virgem Maria “
25. Quem nos quiser dar os Reis
Mulheres Quem nos quiser dar os reis Não se esteja a demorar Nós vimos de muito longe - BIS Todos Temos caminho pr’a andar – BIS Todos Homens São José e mais Maria Já lá vão para Belém Ai se vão cantar os reis – BIS Todos Cantemo-lo nós também – BIS Todos Mulheres Onde houvera de nascer Numa cama de louzinho Para nos dar o exemplo – BIS Todos Nasceu ele pobrezinho – BIS Todos Homens Os três reis são coroados Mas quem foi que os coroou Corou-os o deus menino – BIS Todos E uma estrelinha os guiou – BIS Todos Mulheres La viram estar o menino Numas palhinhas deitado A virgem estava dizendo – BIS Todos Hó meu lindo filho amado – BIS Todos Homens Demos vivas a José Também louvores a Maria Já nasceu o rei dos reis – BIS Todos Filho da virgem Maria – BIS Todos
Volta á primeira quadra todos e termina
26. A mulher do meio
A mulher bonita Tem que ter cautela Porque o Zé da Rita - Bis todos Anda a gostar dela - Bis todos
A mulher vaidosa É de boa fita Foi pintar a cara - Bis todos Para ser bonita - Bis todos
A que está melhor É a mulher casada Está sempre quentinha - Bis todos Até de Madrugada - Bis todos
O homem coitado Todos Não sabe o que fazer “ Dorme e acorda “ E a mulher a mexer “
A que está pior É a viúva coitada Deita-se sozinha - Bis todos E acorda gelada - Bis todos
A mulher solteira Quando vem o Zé Vão a cafeteira - Bis todos E bebem café - Bis todos
A que está pior É sempre a velhota Manda andar o velho - Bis todos Fica ao pé da porta - Bis todos
O diabo do velho Só olha p’ró caminho Tem medo não caia - Bis todos Nalgum buraquinho - Bis todos
27. Rapsódia de Marchas Populares
LISBOA À NOITE Lisboa adormeceu já se acenderam Mil velas nos altares das colinas Guitarras, pouco a pouco, emudeceram Cerraram-se as janelas pequeninas Lisboa dorme um sono repousado Nos braços voluptuosos do seu Tejo Cobriu-a a costa azul do céu estrelado E a brisa veio, a medo, dar-lhe um beijo Refrão Lisboa andou de lado em lado Foi ver uma tourada, depois bailou, bebeu Lisboa ouviu cantar o fado Rompia a madrugada, Quando ela adormeceu Lisboa não parou a noite inteira Boémia, estouvada, mas bairrista Foi à sardinha assada lá na feira E à segunda sessão duma revista Dali p’ró Bairro Alto enfim galgou No céu, a lua cheia refulgia Ouviu cantar o fado então sonhou Qu’era verdade, aquela voz que ouvia Refrão CANTIGA DA RUA Refrão Cantiga da rua Das outras diferente Nem minha nem tua É de toda a gente Cantiga da rua Que sobe e flutua Mas não se detém Inconstante e louca Vai de boca em boca Não é de ninguém A cantiga popular ao passar Todos a julgam banal e afinal Vai sorrindo à própria dor Dizendo trovas d’amor O seu destino fatal Refrão A pobreza é mais feliz porque diz Em voz alta o seu pensar a cantar E é à rua que ela vai Como fora a própria mãe As suas mágoas cantar Refrão Cantiga da rua Veloz andorinha Não pode ser tua e não será minha Cantiga da rua jamais se habitua Aos lábios de alguém É independente, é de toda a gente Não é de ninguém
MARIA PAPOILA Com saudade na lembrança, disse adeus À terrinha mais ao lar AI, AI, AI, Levo n’alma a luz da esperança e fé em Deus Parto a rir e a cantar, AI, AI, AI, Despedi-me das ovelhas Do meu cão das casas velhas Do lugar onde nasci, AI,AI,AI, Não me importo ir á toa Que o meu sonho é ver Lisboa Mai’lo mar que nunca vi Refrão [bis] Adeus oh terra, Adeus linda serra de neve a brilhar Adeus aldeia, que levo na ideia Não mais cá voltar Diz que a sorte das pessoas, sempre ouvi Vem do nome que elas têm AI, AI, AI, coisas más ou coisas boas boas, vem daí Que comigo calha bem, AI, AI, AI, Eu no monte era Papoila Tinha o nome de moçoila Que no campo anda a lidar AI, AI, AI, Minha mãe também dizia Como sou também Maria Tinha d’ir p’ro pé do mar Refrão [bis]
OLHÒ BALÃO Refrão [bis] Toca o fungágá Toca o sol e dó Vamos lá, Nesta marcha ao fulambó Olhó balão, Na noite de São João, P’ra poder dançar bastante Com quem tenho á minha espera, Ó i ó ai, pedi licença ao meu pai E corri com o estudante Que ficou como uma fera Ò i ó ai, fui comprar um manjerico, Ò i ó ai, vou daqui pró bailarico! E tenho um gaiato aqui dependurado, [bis] que é mesmo o retrato do meu namorado Refrão [bis] Olhó balão, Na noite de São João, para não andar maçado Da pequena me livrei, Ó i ó ai, não sei com quem ela vai, Cá por mim estou governado Com uma outra que eu cá sei Ò i ó ai, fui comprar um manjerico, Ò i ó ai, vou daqui pró bailarico! E tenho uma gaiata aqui dependurada, [bis] que tem mesmo a lata lá da namorada Refrão [bis]
28. A Senhora Chamarita
A senhora Chamarita É uma santa senhora Sai de manhã para a missa Volta a casa quando quer Refrão [bis] Dá voltas á Chamarita Dá voltas á Chamarita Dá voltas á Chamarita Quem manda voltar sou eu
A senhora Chamarita É uma santa mulher Dá os ossos ao marido Come a carne com quem quer Refrão [bis] Bailei sete Chamaritas No dia em que me casei Mas a volta de casar-me Foi a pior que eu já dei Refrão [bis] Quando eu ouço uma guitarra Paro e tiro o chapéu Mas que me importa morrer Se houve guitarras no céu Refrão [bis] Melodia Refrão REFRÃO FINAL Se a Chamarita não volta Se a Chamarita não volta Se a Chamarita não volta Eu grito aqui d’El-rei
29. Ai MaganãoTrás Os Montes
Melodia Ai que linda fita verde Leva o rei na carapuça Quem tem carne que a coza Quem tem catarro que o tussa
Ai maganão, maganão, maganão Oh ditoso maganão Darás um abraço, isso sim, isso sim Darás um beijinho, isso não, não, não Melodia Minha mãe minha mãezinha Que linda mãe tenho eu Que ramou o seu colete Para me compor o meu
Ai maganão, maganão, maganão Oh ditoso maganão Darás um abraço, isso sim, isso sim Darás um beijinho, isso não, não, não Melodia Ai que linda fita verde Leva o rei na carapuça Quem tem carne que a coza Quem tem catarro que o tussa
Ai maganão, maganão, maganão Oh ditoso maganão Darás um abraço, isso sim, isso sim Darás um beijinho, isso não, não, não Melodia
30. Pézinho do PicoAçores
Eu fui ao Pico, piquei-me Ai sim piquei-me, piquei-me lá num silvado (bis) Nunca mais eu vou ao Pico, Ai sem o pico, sem o Pico ser podado (bis)
Eu fui ao Pico, piquei-me Ai sim piquei-me, piquei-me lá num picão (bis) O pico nasce da silva Nasce da silva e a silva nasce do chão (bis)
Ó meu amor nada, nada Ó meu amor nada, nada, nada, nada não (bis) Nada trago em meu peito Ai em meu peito, de que te faça quinhão (bis)
Ponha aqui o seu pézinho Ai ponha aqui, ponha aqui, que não faz mal (Bis) Que esta moda do pézinho Ai foi do pico, foi do pico p’ró Faial (Bis)
3. Janeiradas
O Senhor Manel Veja se é capaz D’abrir o tonel Ri-có-có cá para o rapaz As suas cachopas Querem-los vendidos Fecharam-se em copas Ri-có-có nos deram figos Refrão Oh sim sim, dê-nos janeiradas Ri-có-có moças recatadas Oh sim sim, dê-nos as janeiras Ri-có-có meninas solteiras Senhora Maria Saia lá do poiso Vamos não se ria Ri-có-có que eu quero o coiso Coiso já se vê Que venha quentinho Riem-se de quê Ri-có-có que eu quero é vinho Refrão Oh menina Céu A si nada falta De perninha ao léu Ri-có-có deixa tonta a malta O que está no tacho Nunca se recusa Nem o que está debaixo Ri-có-có da sua blusa Refrão Oh povo em geral Tenha lá maneira Não é Carnaval Ri-có-có são só Janeiras Abram os portões E que fique assente Que nestas funções Ri-có-có quem manda é a gente Refrão
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